domingo, 31 de julho de 2016

HORA DA VITROLA: DOMINGUINHOS


FOTO: DIVULGAÇÃO


GOSTOSO DEMAIS
De Dominguinhos



Tô com saudade de tu, meu desejo
Tô com saudade do beijo e do mel
Do teu olhar carinhoso
Do teu abraço gostoso
De passear no teu céu
É tão difícil ficar sem você
O teu amor é gostoso demais

Teu cheiro me dá prazer
Quando estou com você
Estou nos braços da paz
Pensamento viaja
E vai buscar meu bem-querer
Não dá pra ser feliz, assim
Tem dó de mim
O que eu posso fazer




ISSO AQUI TÁ BOM DEMAIS!
De Dominguinhos/Chico Buarque

Olha, que isso aqui tá muito bom
Isso aqui tá bom demais
Olha, quem tá fora quer entrar
Mas quem tá dentro não sai
Pois é

Olha, que isso aqui tá muito bom
Isso aqui tá bom demais
Olha, quem tá fora quer entrar
Mas quem tá dentro não sai

Vou me perder, me afogar no teu amor
Vou disputar, me lambuzar nesse calor
Te agarrar pra descontar minha paixão
Aproveitar o gosto dessa animação

Olha, que isso aqui tá muito bom
Isso aqui tá bom demais
Olha, quem tá fora quer entrar
Mas quem tá dentro não sai
Pois é

Olha, que isso aqui tá muito bom
Isso aqui tá bom demais
Olha, quem tá fora quer entrar
Mas quem tá dentro não sai

***



Dominguinhos (1941-2013) foi cantor, sanfoneiro e compositor, fez parceria musical com Gilberto Gil, Nando Cordel e Chico Buarque e Anastácia, entre outros.

Dominguinhos nasceu em Garanhuns, Pernambuco, no dia 12 de fevereiro de 1941. Filho de mestre Chicão, tocador e afinador de fole de oito baixos, começou sua carreira artística ainda na infância, quando formou um trio com seus dois irmãos. Seu instrumento era o pandeiro, e o trio se apresentava nas feiras livres, em botequins e porta de hotéis.

Em 1948, tocando na porta de um hotel, foi ouvido por Luiz Gonzaga, que se encantou com a habilidade dos meninos e entregou-lhes seu endereço no Rio de Janeiro. Em 1954, junto com sua família, num caminhão pau-de-arara, Dominguinhos foi para o Rio de Janeiro. Logo que chegaram ao município de Nilópolis, Luiz Gonzaga tornou-se seu padrinho e o presenteou com uma sanfona. (Fonte: www.e-biografias.net)








IMAGENS: TARSILA DO AMARAL (2/2)


A Família

A Família

óleo sobre tela, c.i.d.
79.00 x 101.50 cm
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini


Operários

Operários

óleo sobre tela, c.i.d.
150.00 x 230.00 cm
Acervo Artístico-Cultural dos Palácios
do Governo do Estado de São Paulo.
Palácio Boa Vista (Campos do Jordão, SP)
Reprodução fotográfica Fábio Praça


2ª Classe

2ª Classe

óleo sobre tela, c.i.e.
110.00 x 151.00 cm
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini


Crianças [Orfanato]

Crianças [Orfanato]

óleo sobre tela, c.i.e.
97.50 x 140.00 cm
Reprodução fotográfica Fábio Praça


Costureiras

Costureiras

óleo sobre tela, c.i.d.
73.00 x 100.00 cm
Coleção Museu de Arte Contemporânea 
da Universidade de São Paulo (SP)
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini


Procissão

Procissão

óleo sobre tela, c.i.e.
50.00 x 61.00 cm
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini


O Casamento

O Casamento

óleo sobre tela, c.i.d.
54.00 x 81.00 cm
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini

***


TARSILA


Tarsila do Amaral (1886-1973) foi pintora e desenhista brasileira. O quadro "Abaporu" pintado em 1928 é sua obra mais conhecida. Junto com os escritores Oswald de Andrade e Raul Bopp, lançou o movimento "Antropofágico", que foi o mais radical de todos os movimentos do período Modernista. O Movimento foi inspirado no quadro "Abaporu" que significa antropófago (que come carne humana) em tupi. Sobre seu quadro Tarsila diz "Essa figura primitiva e monstruosa nasceu de um sonho". Tarsila ofereceu esse quadro ao namorado Oswald de Andrade, como presente de aniversário.


ABAPORU

Fonte: e-biografias

Fotos e créditos: enciclopédia Itaú cultural

sábado, 30 de julho de 2016

HORA DA VITROLA: NÉLSON GONÇALVES & SIMONE (MATRIZ OU FILIAL)



MATRIZ OU FILIAL
De Lúcio Cardim
Com Nélson Gonçalves
 




Quem sou eu pra ter direitos exclusivos sobre ela
Se eu não posso sustentar os sonhos dela
Se nada tenho e cada um vale o que tem?
Quem sou eu pra sufocar a solidão da sua boca
Que hoje diz que é matriz e quase louca
Quando brigamos diz que é a filial

Afinal, se amar demais passou a ser o meu defeito
É bem possível que eu não tenha mais direito
De ser matriz por ter somente amor pra dar
Afinal, o que ela pensa em conseguir me desprezando
Se sua sina sempre é voltar chorando

Arrependida, me pedindo pra ficar

COM SIMONE


CHÁ DAS CINCO: HILDA HILST


DO DESEJO
(Trechos)

Porque há desejo em mim, é tudo cintilância.
Antes, o cotidiano era um pensar alturas
Buscando Aquele Outro decantado
Surdo à minha humana ladradura.
Visgo e suor, pois nunca se faziam.
Hoje, de carne e osso, laborioso, lascivo
Tomas-me o corpo. E que descanso me dás
Depois das lidas. Sonhei penhascos
Quando havia o jardim aqui ao lado.
Pensei subidas onde não havia rastros.
Extasiada, fodo contigo
Ao invés de ganir diante do Nada.

                    IV

Se eu disser que vi um pássaro
Sobre o teu sexo, deverias crer?
E se não for verdade, em nada mudará o Universo.
Se eu disser que o desejo é Eternidade
Porque o instante arde interminável
Deverias crer? E se não for verdade
Tantos o disseram que talvez possa ser.
No desejo nos vêm sofomanias, adornos
Impudência, pejo. E agora digo que há um pássaro
Voando sobre o Tejo. Por que não posso
Pontilhar de inocência e poesia
Ossos, sangue, carne, o agora
E tudo isso em nós que se fará disforme?

                     V

Existe a noite, e existe o breu.
Noite é o velado coração de Deus
Esse que por pudor não mais procuro.
Breu é quando tu te afastas ou dizes
Que viajas, e um sol de gelo
Petrifica-me a cara e desobriga-me
De fidelidade e de conjura. O desejo
Este da carne, a mim não me faz medo.
Assim como me veio, também não me avassala.
Sabes por quê? Lutei com Aquele.

E dele também não fui lacaia.

OPINIÃO/POLÌTICA: JOSIAS DE SOUZA

A "ESPERTEZA" AINDA MATA O OTÁRIO

LEI DA FICHA LIMPA
PODE TIRAR LULA DA SUCESSÃO

(Por Josias de Souza) Convertido em réu pela primeira vez na Lava Jato, Lula declarou nesta sexta-feira que sente uma vontade incontida —“uma coceira”— de ser novamente candidato ao Planalto. Esse desejo, no entanto, já não depende apenas da sua vontade. Além do medo de ser preso, Lula passou a conviver com o receio de se tornar inelegível por oito anos. Nessa hipótese, sofreria um duplo revés: ficaria de fora das próximas duas sucessões presidenciais —2018 e 2022. E ainda entraria para a história como o primeiro ex-presidente da República a ser enquadrado numa lei que ele próprio sancionou: a Lei da Ficha Limpa (número 135/2010).

Afora a acusação de tentar obstruir a Lava Jato, que o levou ao banco dos réus na 10ª Vara Federal de Brasília, Lula deve ser alvejado por pelo menos mais três denúncias que estão no forno da força-tarefa de Curitiba. Envolvem a suspeita de que recebeu favores da Odebrecht e da OAS, empreiteiras que ajudaram a pilhar a Petrobras. Esses favores se materializaram nas reformas realizadas no tríplex do Guarujá e no sítio de Atibaia, além do transporte e aluguel de contêiners usados para guardar pertences de Lula.

Entre os crimes que devem ser imputados ao morubixaba do PT, estão lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Sancionada por Lula em junho de 2010, a Lei da Ficha Limpa relaciona 14 hipóteses de inelegibilidade. São delitos que sujeitam seus autores ao banimento eleitoral por oito anos. As encrencas foram incluídas na Lei das Inelegibilidades (número 64/1990). Encontram-se empilhadas no artigo 1º. A alínea ‘e’ anota que “lavagem de dinheiro ou ocultação de bens” são motivos para impedir alguém de se candidatar a cargos eletivos.

De acordo com a lei, para que um político seja tachado de “ficha suja”, sua condenação precisa ser confirmada por um “órgão judicial colegiado.” Assim, os direitos políticos de Lula seriam suspensos, por exemplo, se o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediado em Porto Alegre, confirmasse uma eventual condenação decretada por Sérgio Moro. Para azar de Lula os desembargadores do TRF-4 não costumam reformar as decisões do juiz da Lava Jato.

Lula parecia sentir o cheiro de queimado ao se manifestar nesta sexta-feira. “Se o objetivo de tudo isso é me tirar de 2018, isso não era necessário, a gente escolheria outro candidato mais qualificado, mas essa provocação me dá uma coceira'', declarou, antes de exercitar o seu esporte predileto, o autoelogio: “Duvido que tenha alguém nesse país que seja mais cumpridor da lei do que eu, que respeite mais instituições do que eu.'' O diabo é que o conceito que Lula faz de si mesmo combina cada vez menos com os fatos.


JOSIAS DE SOUZAhttp://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/

CHARGES


Lula telefone ONU vira reu lava jatao tv esquece Delcidio obstrucao justica juiz ricardo leite brasilia
AMARILDO



SPONHOLZ


DUKE - O TEMPO




PAIXÃO




ALPINO


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DUKE - O TEMPO



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SID - CHARGE ONLINE


POLÍTICA/OPINIÃO: JOSÉ NÊUMANNE

INTERNET



ADEUS ÁS ILUSÕES

(Por José Nêumanne) Dilma, quem diria, logo dará adeus às ilusões. Nas campanhas eleitorais em que se elegeu e reelegeu graças aos préstimos de João Santana, inventor de patranhas, foi vendida por ele como a “gerentona” mais habilitada a pôr o País nos eixos e guiar a classe operária ao paraíso. Acusada de ter cometido crimes funcionais, o que está para interromper seu mandato, responde pela irresponsabilidade de, por culpa da roubalheira do partido que a adotou, o PT, ter gerado a quebradeira e o desemprego generalizados que condenaram a Nação às piores crises ética, econômica e política da História. E ela ainda se agarra à imagem de ser “pessoalmente honesta”, que começa a desabar.

Por ironia da História, uma grave acusação foi feita por esse gênio da lorota de fancaria, cujo depoimento ao juiz Sergio Moro, da Operação Lava Jato, deu mais uma pista concreta de que, de fato, a campanha dela, que ele criou, produziu e dirigiu, foi financiada por dinheiro roubado, de propina de fornecedores da Petrobrás. A iminente homologação da delação premiada do mágico do marketing, de sua mulher, contadora e sócia, Mônica Moura, e de muitos executivos da empreiteira Odebrecht, entre os quais o presidente, Marcelo, prenuncia o fim do refrão com que Dilma enfrenta o impeachment: não levou vantagem financeira em nada nem tem conta em banco no exterior.

Para convencer policiais, procuradores e juiz, o marqueteiro, chamado de Patinhas na juventude pela fértil originalidade de letrista de música popular, na passagem de sucesso pelo jornalismo e na maturidade de publicitário milionário, decidiu abrir o bico como um “canário” da Máfia da Sicília em Chicago. E o faz de maneira cínica, idêntica à usada para inventar a torpe falsidade de um Brasil irreal de pleno emprego, redução da pobreza crônica e competente e honesta gestão dos recursos públicos. Tudo isso foi pago com o fruto do maior assalto desarmado aos cofres públicos da História, que levou à beira da falência a maior estatal do País.

Joãozinho Patinhas teve o desplante de confessar ao juiz que mentiu em depoimento anterior, após se entregar desembarcando do Caribe, “para não destruir a Presidência”, uma aparente expressão de lealdade. Mas que, na verdade, continha, de um lado, o compromisso com a força-tarefa de comprometê-la. E, de outro, a ameaça de que se dispunha a “cantar”, como um vil delator mafioso, que Dilma disse desprezar. “Eu, que ajudei de certa maneira a eleição dela, não seria a pessoa que iria destruir a Presidência, trazer um problema. Nessa época já iniciava o processo de impeachment, mas ainda não havia nada aberto, e sabia que isso poderia gerar um grave problema até para o próprio Brasil”, depôs.

A primeira versão de “Tucano” (nome da cidade baiana onde ele nasceu, adotado como codinome nas planilhas do banco de propinas da Odebrecht) não se sustentava nas próprias pernas: segundo a narrativa, o dinheiro depositado em suas contas teria sido ganho em campanhas no exterior e o pago pelo PT foi sempre legal.

A história atual, endossada por Mônica Moura, é mais lógica: em 21 de julho, o casal admitiu ter recebido no caixa 2 US$ 4,5 milhões para quitar uma dívida da campanha de Dilma em 2010. Naquela mesma quinta-feira, o engenheiro Zwi Skornicki, tido pela força-tarefa da Lava Jato como operador de propina do esquema da Petrobrás (dito petrolão), contou ao juiz Sergio Moro ter depositado, de 2013 a 2014, em conta do casal no exterior US$ 4,5 milhões para saldar parte de uma dívida que o PT lhe ficou devendo durante a campanha.

O valor coincide, mas não o recurso ao “caixa 2”, conversa mole de estelionatário confesso, que sempre doura a pílula, tentando desviar a acusação para alguma infração menor. Assim fazem quaisquer flagrados em crime mais grave. Deixo ao atento leitor a decisão sobre a quem dar fé: quem pagou ou quem recebeu a bolada?

Em matéria de cinismo, marqueteiro e “presidenta” se equivalem. O “Feira” dos registros da propina da Odebrecht se arvorou a dar lições de contabilidade fora da lei ao maior especialista em lavagem de dinheiro da Justiça brasileira. Ele disse que milhares, quiçá milhões, de políticos não prestam contas de campanhas corretamente à Justiça Eleitoral. Recorreu a metáforas dignas de sua imaginação: fariam uma fila de Brasília a Manaus, equivalente à Muralha da China, ficando aptos a ser fotografados por satélite. Seria mais persuasivo se delatasse pelo menos uma centena dentre os “98%” dos candidatos, que ele considera trapaceiros como ele.

Os exageros de João do milhão o qualificam como mestre da patroa em desfaçatez. Terá sido de sua lavra a explicação que Dilma deu para o fato de, como presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, ter autorizado a compra da refinaria de Pasadena à Astra Oil? Por que não ocorreu a ela, a conselho de sua protegida Graça Forster, exigir do ex-diretor internacional, Nestor Cerveró, relatório mais detalhado tecnicamente do que o que ela definiu como incompleto, antes de autorizar negócio lesivo ao patrimônio nacional?

Agora recorreu ao estilo de Lula, ao assegurar no Twitter: “Não autorizei pagamento de caixa 2 a ninguém. Se houve pagamento, não foi com meu conhecimento”. Esse argumento é fátuo. O professor José Eduardo Martins Cardozo devia ter-lhe ensinado que, no caso, ela será acusada de ter-se beneficiado do dinheiro ilegal na campanha. À Rádio França Internacional Dilma disse que, feito dois anos após o pleito, o repasse não a atinge, omitindo que a propina pagou dívida contraída para a própria eleição.


A confissão de Santana, Mônica e Skornicki revela que o mantra profano dos partidos acusados – o de terem recebido doações legais e aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – é mentiroso. Parte dessas doações se originou de propinas e as tidas como legais podem ter usado o TSE como lavanderia de dinheiro do furto.

JOSÉ NÊUMANNE É JORNALISTA

POLÍTICA/OPINIÃO: AUGUSTO NUNES

INTERNET

NA REUNIÃO COM O PARCEIRO DA OAS,
LULA BOTOU NA CABEÇA QUE FARIA BONITO
NUM DUELO DE BOTEQUIM COM JÂNIO QUADROS

(Por Augusto Nunes) Ainda no primeiro mandato, Lula botou na cabeça que só Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek poderiam ser equiparados a uma sumidade que, nascida no agreste pernambucano, chegara à Presidência sem ter lido um único livro e sem saber escrever. Já no início do segundo mandato, mandou a modéstia às favas e concedeu-se o título de maior dos governantes desde Tomé de Souza. Depois do pré-sal, passou a imaginar-se na cabeceira da mesa reservada aos brasileiros pelos organizadores do jantar anual da Associação Internacional de Estadistas, com Getúlio e JK mendigando conselhos ao fundador do Brasil Maravilha.

Lula nasceu para dividir com Jânio Quadros uma mesa de botequim, confirmou nesta quinta-feira a reportagem publicada no site de VEJA sobre uma reunião no sítio de Atibaia entre o arquiteto Paulo Gordinho, representante da OAS, e o dono da propriedade rural que não é dele. Oficialmente, Lula e Gordilho se reuniram para tratar da reforma do sítio.  em Atibaia. Mensagens capturadas no celular do arquiteto, endereçadas a um amigo, revelaram que a dupla mais bebeu do que conversou.

“Bebemos eu e ele uma garrafa de cachaça da boa Havana mineira e umas 15 cervejas”, espantou-se Gordilho numa das mensagens que resumem o que aconteceu. Embora nem se atrevesse a acompanhar o ritmo do craque, o arquiteto confessou em outro recado que seria reprovado com louvor caso tivesse enfrentado o teste do bafômetro. “Cheguei aqui cambaleando”, informou, decerto sem saber em qual aqui havia chegado. Para alívio do amigo, ressalvou que já não estava dirigindo o carro.

O teor das mensagens remeteu-me de novo a 28 de maio de 1980, o dia em que bebi com Jânio Quadros. De volta da Europa num cargueiro norueguês, o ex-presidente passou a ser acompanhado pelo repórter Jomar Moraes a partir de São Sebastião, última escala antes do desembarque em Santos e a viagem de carro até a casa no Guarujá. Entre um porto e outro, o ilustre passageiro traçou 20 latas de cerveja dinamarquesa.

Mas a sede não passou. “O homem é fera”, murmurou o abstêmio Jomar quando cheguei ao Guarujá em companhia do fotógrafo Pedro Martinelli. “Ele bebeu seis copos americanos de caipirinha durante o almoço”, impressionou-se o repórter, que começara a ficar assombrado ao testemunhar a notável performance no navio. Encontrei nosso entrevistado no início da tarde, quando Jânio entrou no escritório onde o esperávamos empunhando uma garrafa de vinho do Porto.

Convidou-me a acompanhá-lo. Pedi uísque. Nas três horas seguintes, a fera do Guarujá engoliu 11 cálices de vinho (dos grandes) como quem se refresca com água mineral. Fui nocauteado pela sexta dose de uísque. Saí do local da entrevista cambaleando como Gordilho. Ambos perdemos para dois campeões que, lastimavelmente, pertencem a gerações distintas. Como seria um tira-teima em campo neutro? Quem proporia primeiro a interrupção do duelo? A plateia, certamente.



AUGUSTO NUNES É JORNALISTA

sexta-feira, 29 de julho de 2016

HORA DA VITROLA: JORGE ARAGÃO


INTERNET


EU E VOCÊ SEMPRE
De Jorge Aragão e Flávio Cardoso
Com Jorge aragão





 
Logo, logo, assim que puder, vou telefonar
Por enquanto tá doendo
E quando a saudade quiser me deixar cantar
Vão saber que andei sofrendo
E que agora longe de mim, você possa, enfim
Ter felicidade
Nem que faça um tempo ruim, não se sinta assim
Só pela metade

Ontem demorei pra dormir, tava assim, sei lá
Meio passional por dentro
Se eu tivesse o dom de fugir pra qualquer lugar
Ia feito um pé de vento
Sem pensar no que aconteceu, nada, nada é meu

Nem o pensamento
Por falar em nada que é meu
Encontrei o anel que você esqueceu
Aí foi que o barraco desabou
Nessa que meu barco se perdeu

Nele está gravado só você e eu

SANATÓRIO GERAL: AUGUSTO NUNES

SPONHOLZ


NEURÔNIO EM DESCOMPASSO

“Eu não pretendo participar da Olimpíada em uma posição secundária, porque ela é fruto de um grande trabalho do ex-presidente Lula e do grande esforço do governo federal”. (Dilma Rousseff, a Assombração do Alvorada, fingindo que não foi por medo da maior vaia da história que o coração valente fugiu da festa de abertura dos Jogos Olímpicos)


UMA COISA É UMA COISA

“Se ele recebeu 4,5 milhões de dólares, não foi da organização da minha campanha, porque ele diz que recebeu isso em 2013. A campanha começa em 2010 e, até o fim do ano, antes da diplomação, ela é encerrada. Tudo que ficou pendente sobre pagamentos da campanha passa a ser responsabilidade do partido. Minha campanha não tem a menor responsabilidade sobre em que condições pagou-se dívida remanescente da campanha de 2010. Não é a mim que você tem de perguntar isso. Ele tratou essa questão com a tesouraria do PT”. (Dilma Rousseff, a Assombração do Alvorada, explicando que o uso de propinas do Petrolão disfarçadas de caixa 2 para pagar o marqueteiro de sua campanha não têm nada a ver com a sua campanha, mas com o tesoureiro do partido encarregado pela candidata de arranjar financiamento para a campanha)


SÓ FALTA TUDO

 “Às vezes escrevem matérias duras sobre o Rio de Janeiro, mas a pessoa vai ter uma experiência positiva de viver numa civilização carioca. É óbvio que nós representamos uma civilização. Essa experiência de viver no Rio é o legado mais intangível de todos”. (Eduardo Paes, prefeito do Rio, informando que a delegação australiana, que recusou a hospedagem nos apartamentos da Vila dos Atletas por considerá-los inabitáveis, foi a primeira a conhecer os encantos da civilização fundada pelo especialista em canguru)

AUGUSTO NUNES É JORNALISTA