segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

A COLUNA DO CLÓVIS


COM O SANTA ONDE O SANTA ESTIVER!

Amigos corais:

Inicio estas mal traçadas linhas parafraseando o hino do Grêmio Portalegrense. É ao mesmo tempo uma homenagem e uma referência para o nosso combalido Santinha, afundado hoje em dívidas e dúvidas, em consequência de uma administração nefasta e deletéria, que mais uma vez nos joga quase no fim do poço.

Quando é que iremos aprender que a administração de um clube de massa como o Santa Cruz precisa se modernizar e se atualizar para gerar lucros e dividendos.

Os erros foram e continuam sendo muitos, a começar pela falta de planejamento e pelo gasto antecipado de receitas. Alguém precisa colocar o pé no freio nesta situação antes que a coisa se torne irreversível. Nenhuma empresa responsável e bem dirigida pode gastar mais do que arrecada. Isso é uma falta de senso.

Por outro lado, a acumulação de débitos herdados das gestões anteriores inviabilizam realizações concretas e possíveis. Hoje, somos um barco à deriva, com débitos enormes acumulados e receitas antecipadas gastas irresponsavelmente.

Não adianta mais repetir esse tipo de administração. E entre os candidatos atuais da situação e da “oposição” não houve nenhum discurso nesse sentido. Repetir todos os erros cometidos ao longo dos últimos anos pode significar empurrar o clube para um impasse. Portanto, mudar é preciso!

Mas, como fazer isso de forma honesta e sem lucros pessoais? Essa talvez seja a pergunta mais difícil de ser respondida, já que não se muda de uma hora para outras a visão dirigencial desses cidadãos. Mas, se são empresários bem sucedidos nas suas empresas particulares, com certeza, é porque nelas exercem práticas diferenciadas. É preciso levar isso para o clube, muito embora saibamos que nem sempre a contenção financeira e a possibilidade de insucessos dentro do campo como consequência disso será bem entendida pela torcida. Administrar essa massa falida que é o Santa Cruz hoje significa ter que gastar pouco e planejadamente e talvez abrir mão de campanhas e títulos mirabolantes a serem conquistados.

O futebol profissional hoje está inflacionado. A presença cada vez maior dos dirigentes empresários nos clubes inviabiliza as suas modernizações. Depois de eleito, o candidato vencedor adquire liberdade para agir da maneira que bem quiser, já que as instâncias fiscalizadoras passam a ser ocupadas por pessoas da sua confiança. Sobreviver a isso é difícil, já que, na maioria das vezes, o amor ao dinheiro se sobrepõe ao amor ao clube. Aliás, amor ao clube verdadeiro só se manifesta nas torcidas, e essas querem resultados positivos imediatos e constantes.

O verdadeiro dirigente moderno precisará saber conciliar tudo isso. E, sinceramente, não sabemos ou podemos afirmar que esse gestor já esteja entre os que se apresentam como candidatos.

O que nos preocupa é que só o tempo nos dará a resposta correta.

CLÓVIS CAMPÊLO
RECIFE - 01/12/2017

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