segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

RAPIDÍSSIMAS

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PÊNDULO

Um dia ele vai e não volta.

CLÍNICO GERAL

Espécie em extinção. A hora é de especialistas. Eles conhecem as partes, mas desprezam o todo.

VIVER

Essa coisa custa caro. Sem chamego, não há por quê.

NO DIA DE MINHA MORTE

Não me tragam flores. Não me ponham paletó, gravata, bobagens afins. Choro nem pensar. Velório é proibido. Seria cínico. Vou como vivi – quase nu, menino "quase"pelado, de bermuda e sem camisa, chinelo de dedos, um homem improvável. Ah! Tragam os malditos cigarros e fósforos. Nada mais lhes peço.

GAIOLA

Não precisava mais de abrigo. Queria voltar a voar.

GHOST-WRITTER

Costuma ser um sujeito de boa fé: quase sempre acredita que seus clientes acreditam mesmo no que assinam.


SABEDORIA

Trocou a gula pelo prazer de degustar.




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ZERO A ZERO

Não devo nada a ninguém, ninguém me deve nada. Como seria fácil se a vida fosse uma operação contábil. Não é.

O TRATO

Ficamos assim: tarde e noite de domingo são “sagradas”, ok? Então, você não me visita, e eu não vou à sua casa. Sem aviso prévio.

(02/09/2016 - atualizado em dezembro/2007)

***

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Anos e anos de terapia – sejamos francos – não lhe serviram para nada, como quase sempre acontece com todo mundo. Gastou fortuna, as frustrações ganharam corpo, medos antigos foram substituídos por outros mais vigorosos. Na essência, Alfredo continua o mesmo: inseguro, ansioso, certo de que o mundo acabará amanhã... Por Orlando Silveira
https://orlandosilveira1956.blogspot.com.br/2017/12/ao-menos-um-fardo-menos.html#comment-form

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