domingo, 13 de agosto de 2017

PAI. O CARA

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IMAGEM: ARQUIVO GOOGLE

Homem incapaz de degenerar, o pai. Gostava de de ditar uma regra ou outra, mas sempre em busca da alegria alheia. O pai foi exuberante na simplicidade. Santo, segundo minha avó, mãe dele. Nada disso, segundo o próprio. Grande sujeito, o pai. Queria comprar livros. E mais livros. Para ler, distribuir, orientar. Mãe contrariada, claro. Embirrações. Salário pequeno, gastança besta. O pai os comprou – os livros –, os recomendou e os emprestou a quem lhe parecia necessitado. Poucos – quase ninguém – lhe devolveram os livros. Quem toma livro alheio se mete à besta e não devolve o que não lhe pertence. Nem lê o adjutório. O pai sabia disso. O pai dava de ombros, o pai não ligava, o pai dizia não assim, quase assim: “Se leu o título ao menos, valeu: está menos besta”. Não sei se o pai salvou alma, mas tentou bom bocado. (OS – março 2017)

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Está esperando o que, cidadão? Tire a bunda da cadeira, vá beijar o velho. (OS)
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